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domingo, 1 de julho de 2012

Artigo: Quando uma mulher é traída e abandonada o único caminho que existe é seguir em frente


Por Anna Carolina Lima*

“Na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença. Até que a morte os separe”.
Antes da hora do sim na cerimônia do casamento, essas são as palavras mágicas que o padre fala para o casal que faz promessas de amor eterno diante de Deus e dos homens e jura ficar junto para sempre. Porém, alguns casais não cumprem com o que prometeram e acabam, por algum motivo, se separando. Na maioria dos casos a esposa é traída ou abandonada pelo marido.
Existem vários motivos para o marido sair de casa. Falta de dinheiro para sustentar a família, traição, rotina do casamento, término do sentimento, para viver uma aventura amorosa ou sexual com uma menininha mais novinha ou até por querer passar a viver só e ter liberdade de gente solteira.
Porém, o caso é mais delicado quando o homem transforma uma ex-prostituta em esposa oficial. Superar a dor de ser trocada por uma garota de programa é muito mais difícil. O problema fica ainda maior quando se tem filhos.
As mulheres abandonadas muitas vezes ainda sofrem discriminação por parte da sociedade, ou até mesmo pelas mulheres casadas ou solteiras. Para quase todas, o abandono é uma das maiores frustrações, o mundo desaba, fica aquela sensação de fracasso, de derrota, e vem a pergunta: onde foi que eu errei?
Mas para outras é só o começo de uma nova vida, que por muitas vezes pode ser melhor do que o casamento. Seja lá qual tenha sido o motivo ou quem o motivou, o primeiro passo é não se deixar abater ou se entregar.
Foi o que fez Samantha Moraes, exemplo de esposa traída e abandonada pelo marido, com filhas menores de idade. E a pivô da separação foi Bruna Surfistinha, famosa ex-garota de programa. O marido de Samanta, João Correa de Moraes, alegou estar apaixonado por Bruna para terminar o casamento. Ele assumiu o relacionamento com a nova mulher no programa Superpop, da Rede TV. Com o episódio, Samantha começou a ser conhecida em rede nacional.
Mesmo após o abandono, Samantha conseguiu dar a volta por cima e vencer na vida. Depois do caso, ela lançou em 2006, um ano após a separação, seu livro Depois do Escorpião: uma História de Amor, Sexo e Traição, cujo título é uma referência direta ao título do livro lançado anteriormente por Bruna Surfistinha: O Doce Veneno do Escorpião. Além disso, a separação fez com que Samanta decidisse se candidatar a vereadora de São Paulo, pelo PMDB, com a proposta de defender as mulheres que enfrentam o fim do casamento.
Outro exemplo é o de MCR, que prefere não se identificar. “Após trinta anos de casada, já com três filhos, algumas suspeitas de traição foram se confirmando, o que, além de abalar meu emocional e psicológico, começou a abalar também a vida de um modo abrangente, gerando insatisfação, desconfiança, julgamentos. Sim, porque nesse momento, não se consegue mais ver qualidades no outro, ou seja; perde-se o bom senso, o equilíbrio, a possibilidade de uma conversa franca.
Assim, acontece desprezo e indiferença, que distancia ainda mais um do outro. Com toda essa carga emocional, achei que não tinha como continuar e disse a ele sobre meus sentimentos. Percebi que, mesmo me declarando amor, naquele momento foi o que ele queria, pois estava de caso com outra mulher. Então ele sugeriu passar um tempo fora para ver como as coisas ficavam. E já se vão dez anos”.
Ela ainda conta que foi um processo doloroso.
“Quando o fato aconteceu agi com raiva, contudo, nunca perdi a dignidade nem sai do eixo. Suportei a situação confiante em Deus”.
Ela diz que procurou ocupar o tempo com coisas interessantes e saudáveis.
“Nos momentos mais difíceis procurava pessoas de minha confiança para compartilhar meus sentimentos”.
Mas MCR decidiu enfrentar a situação de cabeça erguida, não perdeu a classe, valorizou-se, anda sempre bem arrumada e com boa aparência, é alegre, bem humorada e independente. Ela conseguiu dar a volta por cima e segue a vida indo para onde quer, fazendo o que quer.  
Então, ao invés de ficar se lamentando, se culpando, procurando respostas, sofrendo, deixando de viver e chorando pelos cantos, a mulher traída ou abandonada deve seguir os exemplos de Samanta e MCR: erguer a cabeça, se valorizar e dar a volta por cima.

*ARTIGO PUBLICADO NA MINHA COLUNA EM FOCO DO BAHIA MULHER

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