Visualizações de página

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ARTIGO: As empreguetes estão na moda!

Por Anna Carolina Lima*



Fotos: Divulgação
Desde a estreia de Cheias de Charme, novela das 19h da Rede Globo, em abril deste ano, que elas são um verdadeiro sucesso. No início da trama, elas nem se conheciam. Cada uma levava sua vida sofrida sem saber da existência da outra. 

Até que se encontraram na cadeia, pois as três tinham sido presas por motivos diferentes.

A partir desse momento ganharam fãs na ficção, que pediam a liberdade delas. 

O fato é que elas acabaram triplicando o sucesso e embalando uma legião de fãs na vida real. Ainda mais com o lançamento na internet do clip Vida de Empreguete, de João Henrique Coutinho Ribeiro (o Quito Ribeiro). O hit já está na boca de todos, é presença indispensável nas festinhas de crianças e adolescentes e muito tocado nas rádios do país. Um estouro!  Uma onda de popularidade inédita em telenovelas. 

Esse fenômeno das telinhas é o assunto da Em Foco desta semana. 

As domésticas-cantoras interpretadas por Taís Araújo (Maria da Penha), Leandra Leal (Maria do Rosário) e Isabelle Drummond (Maria Aparecida) viraram a cabeça de gente de todas as idades. Até aqueles que não dão muita bola para novelas se renderam ao charme das três Marias, sofridas, mas sonhadoras, como todos nós, brasileiros. O fato é que as empreguetes estão na moda. Quem não admira o trio?

Para comprovar o sucesso das garotas, têm surgido vários súditos que seguem os passos das empreguetes. Desde que elas começaram a cantar na trama, não param de surgir revelações reais na categoria das empregadas domésticas. Até 
o Fantástico lançou o concurso da Empregada mais Cheia de Charme do Brasil, que vem estimulando a autoestima de muitas domésticas pelos quatro cantos do país, que sonham com uma vida melhor. O concurso já tem duas baianas como finalistas: Marilene Machado de Jesus, de Feira de Santana, e Claudenice Costa, 
de Encruzilhada.


E o sucesso não para por ai.

As empreguetes já viraram modelo de joguinhos de internet; de  inspiração para  paródias (Vida de Estudete, Tatietes e Periguetes, só para citar alguns ), ou até mesmo com o hit da novela, mas interpretadas por crianças e jovens; tema de festa de aniversário de famoso, como a filha de Adriana Bombom; blog dedicado apenas   a elas; já estiveram no programa Esquenta; servem se inspiração para ensaios sensuais, como o de Karine Camargo, a Morena da Laje do Zorra Total; e ainda, segundo o site O Fuxico, podem até gravar um CD de verdade que será vendido nas lojas do Brasil. 

E para consolidar o sucesso, vão iniciar uma turnê de dois meses pelo país com direito a ônibus personalizado e tudo (denominado Empreguetônibus), notícia que foi ao ar no episódio da última quarta-feira (11). O programa Domingão do Faustão será o primeiro palco profissional que as três Marias vão subir.

Mas não é só pelo talento demonstrado nos palcos que as empreguetes estão conquistando o carinho dos brasileiros. Além disso, as queridinhas do Brasil do momento transmitem belíssimas mensagens todas as noites para o seu público: 
a valorizar as empregadas domésticas e, diante das dificuldades e dos sofrimentos que passamos na vida, sempre devemos sonhar com dias melhores. 

E os sonhos das empreguetes estão virando realidade. 

Você, está esperando o que para sonhar como elas e dar a volta por cima?  

*ARTIGO PUBLICADO NA MINHA COLUNA EM FOCO DO BAHIA MULHER



quarta-feira, 11 de julho de 2012

No Dia Mundial do Rock, tem CASCADURA no Rock Concha

Nesta sexta-feira, 13 de julho, todo o planeta comemora o Dia Mundial do Rock. Na Bahia, a festa fica nas mãos de conterrâneos amigos de longa data: CASCADURA, em sua primeira apresentação pública depois de lançar o esperado 5º disco de carreira, o Aleluia, e Agridoce, formada por Pitty e Martin, dividem o palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, no festival Rock Concha – que ainda segue até domingo, com Vivendo do Ócio e Titãs (no sábado, 14/7) e Maglore e Frejat (no domingo, 15/7). O show começa às 19 horas e os ingressos, ao valor de inteira de R$ 80, estão à venda no TCA e SACs Barra e Iguatemi.

Finalizado o processo de construção do novo álbum, que foi realizado ao lado de andré t (produtor) e Jô Estrada (coprodutor), o CASCADURA inicia as ações de divulgação do trabalho – e de continuidade de uma história que já soma 20 anos – com nova formação oficial. Além de Fábio Cascadura (voz e guitarra) e Thiago Trad (bateria), dupla que conduz a banda há dez anos, Du Txai assume as guitarras e Cadinho, o baixo.

Du Txai, multi-instrumentista, também participou como músico na gravação do Aleluia e vem acompanhando a banda desde 2010. Já Cadinho, que, dentre os diversos projetos que já integrou, hoje toca com Rebeca Matta, Retro_Visor, Chip Trio e Nganga, chega para completar o quarteto.

Sobre o CASCADURA – Rock da Bahia desde 1992 – O nome CASCADURA reflete uma das mais respeitadas trajetórias dentro da música popular que se faz na Bahia. Formado em 1992, é uma referência do rock nacional, indicação respaldada por público, artistas e crítica Brasil afora. Com cinco discos lançados (#1, 1997; Entre!, 1999; Vivendo em Grande Estilo, 2004; Bogary, 2006; e Aleluia, 2012), diversas participações em eventos de grande importância e uma sólida lista de conquistas alcançadas pelo valor de sua obra, o CASCADURA tem também entre seus títulos o DVD Efeito Bogary, um documentário-musical pioneiro no cenário do rock independente baiano.

O novo disco: Aleluia – No último dia 8 de maio, o CASCADURA fez o lançamento virtual do seu 5º disco: o Aleluia. As 22 faixas do álbum duplo estão disponíveis para download gratuito no site da banda: www.bandacascadura.com. Assim como o Bogary (2006), o novo trabalho é produzido por andré t e CASCADURA, coproduzido por Jô Estrada e foi gravado no estúdio t, na capital baiana. O Aleluia busca o conceito viável que justapõe a personalidade artística do grupo e um discurso novo, que dialoga com as mais diversas esferas da cultura da cidade de Salvador.

Neste universo de referências locais, as ilustrações que compõem a capa e encarte do Aleluia foram feitas pela dupla de artistas visuais Izolag e Ananda Nahu. A imagem criada foi registrada pelas lentes do fotógrafo Ricardo Prado e a direção de arte ficou a cargo do designer Ricardo Ferro.

O Aleluia se destaca, ainda, pela participação de grandes nomes da música brasileira, tais como o maestro Letieres Leite e sua Orkestra Rumpilezz, Móveis Coloniais de Acaju, Pitty, Siba Veloso, Mauro Pithon, Jorge Solovera, Gabi Guedes, Paulo Rios Filho e Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio). Há também composições em parceria entre Fábio Cascadura com Nando Reis, Ronei Jorge e Beto Bruno (Cachorro Grande) – os dois últimos ainda cantaram junto com Fábio as canções. Para completar, o Aleluia traz a primeira parceria do quarteto responsável pela produção: a música Cantem Aleluia! foi feita por Fábio, Thiago Trad, andré t e Jô Estrada.

Após a incursão virtual, o disco chegará às lojas em formato físico, num lançamento do Garimpo Música, selo fonográfico independente da produtora baiana Cada Macaco no seu Galho.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Artigo: Mulheres que mandam no campo e nas quadras


Por Anna Carolina Lima*

As mulheres estão comprovando que podem ser bem sucedidas em diversos cargos que ocupam na sociedade. Muito preconceito tem sido quebrado. E no esporte não é diferente. O sexo frágil também é capaz. 

Um exemplo disso é o da treinadora de futebol Nilmara Alves, 31 anos, ex-jogadora da modalidade, que entrou para a história por ser a primeira mulher a comandar um time profissional masculino de futebol paulista, o Academia Desportiva Manthiqueira, na cidade de Guaratinguetá.  

A luta de mulheres como Nilmara que buscam espaço no âmbito esportivo tem sido repleta de conquistas. Os resultados não são vistos apenas nos pódios, com as atletas. Nos bastidores, as treinadoras mostram tanta competência, dedicação, profissionalismo e seriedade quanto os homens. Isso mostra aos poucos que elas estão conquistando esses espaços dominados por eles. 

A cearense Maria Carolina Esteves, 25 anos, treinadora de judô, que atua como técnica desde os 23 comprova isso. 

“O judô por ser uma luta de contato ainda é considerado por muitos um esporte masculino e por isso em alguns momentos não deixa de existir um certo preconceito, por parte de pessoas que não conhecem a arte marcial e acreditam que os homens são mais capacitados para ministrar as aulas. Mas, essa interpretação é logo colocada à prova pelos próprios colegas de trabalho que acompanham as propostas e execução dos trabalhos, assim como esclarecem as pessoas menos informadas sobre meu currículo desportivo e acadêmico”.

“Comecei a treinar a partir de um convite para ministrar aulas de judô infantil em virtude do bom relacionamento com o público infantil e experiência judoística”, conta Maria Carolina, que no momento treina atletas da classe infanto-juvenil (11 e 12 anos), pré-juvenil (13 e 14 anos) e juvenil (15 a 17 anos) para vários campeonatos estaduais. 

Ela relata que desde as categorias de base participou de competições e treinamentos de campo (treinos realizados pelas federações e confederação de judô), mantendo o ritmo até a classe sênior (adulta). “Acumulei alguns títulos e grande conhecimento sobre judô, mas com o passar dos anos a satisfação de subir ao pódio foi aos poucos transformando-se em vontade de ensinar e repassar o pouco que aprendi dentro do shiai-jô (local onde são realizados os combates)”.  Hoje ela faz parte da equipe de técnicos da AABB Salvador/Sport for Kids que possui alguns atletas campeões brasileiros regionais juvenis e pré-juvenis.

Assim como a época de atleta, as treinadoras também têm momentos marcantes na carreira que só fazem enriquecer o trabalho. “Assim como foi fantástico receber minha primeira medalha, foi idêntica a sensação de ver meu primeiro aluno receber sua primeira medalha. É como se através dele eu  pudesse retornar ao passado, imaginando o quão é significativo aquele momento para ele e perceber que talvez a felicidade dele foi a maior recompensa do trabalho que foi feito durante os treinos, o fruto de planejamento, dedicação e confiança construídos a cada dia entre sensei (professor em japonês) e aluno”, lembra Maria Carolina. 

Outros exemplos de mulheres que se destacam como treinadoras, assim como Nilmara e Maria Carolina, são:  Helena Costa, que com apenas 30 anos tornou-se a primeira treinadora de futebol da seleção feminina na história do Qatar; a gaúcha Denise Bicca Fernandes, uma das treinadoras de cavalos mais requisitadas do país, chamada para palestras, cursos e missões de "resgate" em quase todos os Estados; Lurdes Lutonda, única mulher treinadora de futebol na Angola; e Hope Powell, primeira mulher a obter uma licença profissional da UEFA, em 2003. 

Maria Carolina lista as competências para ser uma boa treinadora. 

“Acredito que um técnico deve ter experiência competitiva para conseguir entender o que o seu atleta passa dentro do shiai-jô, conhecimento acadêmico para entender o processo de planejamento de treino, conhecimento judoístico para que as técnicas dos golpes sejam repassadas, e muita fé para acreditar naquilo que faz”. 

Para quem quer tentar a vida como treinadora, as dicas para o sucesso na carreira em qualquer modalidade esportiva são manter a postura profissional, não levar em conta o domínio masculino e estar sempre atualizada e bem preparada para a função. 

“As dificuldades sempre existem, principalmente no começo, onde há bastante dúvida, e ocorre a fase de adaptação, que é a transição da vida de competidor para a carreira como técnico, mudando assim objetivos e prioridades, mas a busca constante por novos conhecimentos e a prática acaba nos tornando melhores a cada passada dada, golpe ensinado e ippon (golpe máximo) executado”, finaliza.

*ARTIGO PUBLICADO NA MINHA COLUNA EM FOCO DO SITE BAHIA MULHER

domingo, 1 de julho de 2012

Artigo: Quando uma mulher é traída e abandonada o único caminho que existe é seguir em frente


Por Anna Carolina Lima*

“Na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença. Até que a morte os separe”.
Antes da hora do sim na cerimônia do casamento, essas são as palavras mágicas que o padre fala para o casal que faz promessas de amor eterno diante de Deus e dos homens e jura ficar junto para sempre. Porém, alguns casais não cumprem com o que prometeram e acabam, por algum motivo, se separando. Na maioria dos casos a esposa é traída ou abandonada pelo marido.
Existem vários motivos para o marido sair de casa. Falta de dinheiro para sustentar a família, traição, rotina do casamento, término do sentimento, para viver uma aventura amorosa ou sexual com uma menininha mais novinha ou até por querer passar a viver só e ter liberdade de gente solteira.
Porém, o caso é mais delicado quando o homem transforma uma ex-prostituta em esposa oficial. Superar a dor de ser trocada por uma garota de programa é muito mais difícil. O problema fica ainda maior quando se tem filhos.
As mulheres abandonadas muitas vezes ainda sofrem discriminação por parte da sociedade, ou até mesmo pelas mulheres casadas ou solteiras. Para quase todas, o abandono é uma das maiores frustrações, o mundo desaba, fica aquela sensação de fracasso, de derrota, e vem a pergunta: onde foi que eu errei?
Mas para outras é só o começo de uma nova vida, que por muitas vezes pode ser melhor do que o casamento. Seja lá qual tenha sido o motivo ou quem o motivou, o primeiro passo é não se deixar abater ou se entregar.
Foi o que fez Samantha Moraes, exemplo de esposa traída e abandonada pelo marido, com filhas menores de idade. E a pivô da separação foi Bruna Surfistinha, famosa ex-garota de programa. O marido de Samanta, João Correa de Moraes, alegou estar apaixonado por Bruna para terminar o casamento. Ele assumiu o relacionamento com a nova mulher no programa Superpop, da Rede TV. Com o episódio, Samantha começou a ser conhecida em rede nacional.
Mesmo após o abandono, Samantha conseguiu dar a volta por cima e vencer na vida. Depois do caso, ela lançou em 2006, um ano após a separação, seu livro Depois do Escorpião: uma História de Amor, Sexo e Traição, cujo título é uma referência direta ao título do livro lançado anteriormente por Bruna Surfistinha: O Doce Veneno do Escorpião. Além disso, a separação fez com que Samanta decidisse se candidatar a vereadora de São Paulo, pelo PMDB, com a proposta de defender as mulheres que enfrentam o fim do casamento.
Outro exemplo é o de MCR, que prefere não se identificar. “Após trinta anos de casada, já com três filhos, algumas suspeitas de traição foram se confirmando, o que, além de abalar meu emocional e psicológico, começou a abalar também a vida de um modo abrangente, gerando insatisfação, desconfiança, julgamentos. Sim, porque nesse momento, não se consegue mais ver qualidades no outro, ou seja; perde-se o bom senso, o equilíbrio, a possibilidade de uma conversa franca.
Assim, acontece desprezo e indiferença, que distancia ainda mais um do outro. Com toda essa carga emocional, achei que não tinha como continuar e disse a ele sobre meus sentimentos. Percebi que, mesmo me declarando amor, naquele momento foi o que ele queria, pois estava de caso com outra mulher. Então ele sugeriu passar um tempo fora para ver como as coisas ficavam. E já se vão dez anos”.
Ela ainda conta que foi um processo doloroso.
“Quando o fato aconteceu agi com raiva, contudo, nunca perdi a dignidade nem sai do eixo. Suportei a situação confiante em Deus”.
Ela diz que procurou ocupar o tempo com coisas interessantes e saudáveis.
“Nos momentos mais difíceis procurava pessoas de minha confiança para compartilhar meus sentimentos”.
Mas MCR decidiu enfrentar a situação de cabeça erguida, não perdeu a classe, valorizou-se, anda sempre bem arrumada e com boa aparência, é alegre, bem humorada e independente. Ela conseguiu dar a volta por cima e segue a vida indo para onde quer, fazendo o que quer.  
Então, ao invés de ficar se lamentando, se culpando, procurando respostas, sofrendo, deixando de viver e chorando pelos cantos, a mulher traída ou abandonada deve seguir os exemplos de Samanta e MCR: erguer a cabeça, se valorizar e dar a volta por cima.

*ARTIGO PUBLICADO NA MINHA COLUNA EM FOCO DO BAHIA MULHER