Anna Carolina Lima
Uma tarde de terça-feira. Comum do ponto de vista de uma pessoa morta por dentro e que se fecha para os momentos bons da vida, mas extremamente enriquecedora quando decide-se assistir a um filme que "sobra" em meio a outros tantos aparentemente melhores, mas que talvez não causassem o mesmo efeito de refletir sobre assuntos como: o exemplo de um mero mortal que dá sua parcela de contribuição para salvar a humanidade da maldição. Maldição essa que infelizmente ainda continua presente nos dias de hoje nas drogas, na violência, no sexo sem responsabilidade, no vício do álcool, na prostituição infantil, na promiscuidade e na falta de amor com o próximo.
Quando cito maldição, e, coincidentemente acabando de viver a Semana Santa, transporto meu pensamento para a época da Paixão de Cristo e ouso fazer uma certa comparação do homem que, por amor, deu a própria vida para nos salvar e nos livrar da maldição, com o homem, tratado no filme ( que foi "minha sobra" da tarde de terça) O Livro de Eli como Eli, que direciona sua vida a partir de um livro que promete salvar a humanidade da citada maldição, o mesmo livro de Cristo: a Bíblia Sagrada.
O livro é o tesouro de Eli, que tem a difícil missão de levá-lo para o oeste (Cristo também semeava a palavra entre os povos e foi condenado à cruz). Em meio a essa caminhada ele descobre uma pequena cidade dos Estados Unidos, dominada pelo tirano Carnegie. É ai que Eli se depara com Carnegie e ele passa a saber da existência do livro.
Por ser tão poderoso desperta o interesse do tirano, que faz de tudo para tê-lo em suas mãos. Ele acredita que com o livro é capaz de dominar totalmente o mundo. Abro um parênteses para fazer uma reflexão. Inegavelmente a Bíblia dá poder para quem a tem e lê, mas é poder da fé, da experiência do contato com o Cristo, diferentemente do poder que Carnegie buscava, que era o poder da ganância, de ser o venerado, o poder da dominação sem limites.
É baseada nessa luta de grandes que a trama se desenvolve. Eli tentando seguir seu caminho rumo ao oeste e Carnegie, com seu exército, sempre atrapalhando.
Eli, mesmo ferido e sem o livro (que foi levado por Carnegie na última batalha), consegue enfim chegar a seu destino e, de tanto ler todos os dias trechos da Bíblia, dita para um senhor tudo o que havia memorizado e então é produzido um novo volume da Sagrada Escritura.
Depois disso Eli morre. Por coincidência ou não Cristo também morreu para nos salvar.
A "sobra" da terça foi uma experiência muito válida e acabou significando para mim o inteiro. Não só para retratá-la aqui, como também para refletir mais uma vez sobre o poder de Cristo, sobre o seu amor por nós.
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