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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Morreu enquanto dava entrevista

Anna Carolina Lima

Infelizmente passamos a conviver e, o que é pior, se "acostumar" com as notícias veiculadas na mídia de assassinatos. Não é novidade nenhuma saber que fulano foi vítima de assalto seguido de morte ou que teve morte encomendada.
 É cada vez mais assustador a quantidade de crimes e os motivos que levam uma pessoa a matar a outra. Os motivos vão desde dívidas com drogas, o que tem sido muito comum entre jovens e adolescentes, a discussão envolvendo lixo doméstico, como foi o caso do último dia 19 que terminou com duas mortes, na Zona Oeste de São Paulo, do policial civil Xavier, esfaqueado nas costas pelo vizinho, e do próprio vizinho, morto pelo filho do policial.
 Para se ter uma ideia, foram registrados em Salvador e Região Metropolitana de sexta-feira (21) a domingo (23) 27 assassinatos. Sendo que 25 apenas no sábado e no domingo.
O que me motiva a escrever sobre esse tema aqui é o recente caso envolvendo o delegado Clayton Leão Chagas, titular da 18ª delegacia em Camaçari, assassinado ontem (26) com dois tiros na cabeça enquanto concedia entrevista ao vivo para uma rádio de Camaçari.
Confesso que fiquei mais surpresa com a situação do que com a própria morte do delegado. Volto a dizer que assassinatos em nossa cidade e em qualquer outra cidade grande, até interior não escapa mais da violência (viva os tempos em que interior era tranquilo e seguro!), são cada vez mais comuns, mas para mim é novidade uma pessoa morrer assim dando entrevista. Apesar de ser jovem, não me lembro de nenhum tipo de caso parecido com esse. Realmente é assustador!