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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Artigo - A prova do amor maior!

Por Anna Carolina Lima
“Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”. Esses versos criados pelo Padre José Weber resumem com perfeição o período litúrgico em que estamos vivendo: A Semana Santa. Deus enviou seu filho para dar sua vida por nós. E Ele cumpriu o que estava nas escrituras. Morreu na cruz para salvar nossos pecados. A prova do amor maior!

Nesse mundo mesquinho e egoísta em que vivemos, volta e meia os casais vivem pedindo provas de amor, como se provar fosse condição para amar. Mero engano. Mesmo sendo muitas vezes uma palavra rara de ser ouvida, o que me faz comparar com um parto por ser difícil de ser “gerada”, qualquer um pode conseguir dizer a palavra “eu te amo”. Certo de que algumas vezes isso é dito da boca para fora, mas que também pode sair do fundo do coração. Pronunciar essa palavra é uma das formas de demonstrar o amor. Porém, há mais de dois mil anos atrás Jesus foi além de soletrar “eu te amo”. Ele demonstrou seu amor através de uma ação. Alguém consegue calcular o tamanho do amor de Deus? Claro que não. O amor Dele não tem tamanho, e sim intensidade. Jesus “provou” o maior amor de todos. E que prova, hein? Precisou dar a vida...

Todos sabem como é intenso e único o amor de uma mãe pelo filho. A mãe morre pelo filho se preciso, para salvá-lo do perigo. A diferença entre uma mãe e Jesus é que Ele sofreu por quem não saiu de dentro Dele. Ele carregou aquela cruz, percorreu aquele caminho, apanhou, foi torturado e ficou ferido. Literalmente comeu o pão que o diabo amassou.

A história que retrata esse sofrimento é denominada Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, que é a Semana Santa, que se inicia no Domingo de Ramos, momento em que se revive a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém como um rei pouco antes de sua morte, e se concretiza no Domingo de Páscoa, dia da ressurreição, o mais importante para a fé cristã.

Tudo começou quando Jesus foi aclamado rei e recebido em Jerusalém. Os romanos não acreditavam que Ele era filho do Messias e passaram a persegui-lo até condená-lo à morte. Desde tais tempos já existia traidores e invejosos. Judas foi um deles. Ele foi o apóstolo que entregou, com um beijo, Jesus na noite da Última Ceia.

Jesus sabia de tudo que ia passar. Desde a traição de Judas, até a crucificação e morte na cruz. Ai você pode perguntar: para que tudo isso? O propósito é nos mostrar, mais de dois mil anos depois, o verdadeiro sentido da vida e do amor.

Celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo é uma oportunidade dada a cada cristão de vivenciar verdadeiramente uma comunhão íntima com esse amor maior, com o maior homem de todos os tempos que deu a vida por nós. É tempo de refletir sobre nossa vida e nossas atitudes com nossos irmãos. A igreja nos convida a uma vida nova em Cristo.

Lembre-se que o sentido da Páscoa não está no coelhinho ou nos ovos de chocolate que são encontrados em cada esquina, em todos os supermercados e que proporcionam lucros e mais lucros a grandes e pequenos empresários, mas na ressurreição de Jesus Cristo, Aquele que veio para nos salvar! Pense nisso! Feliz Páscoa! Jesus ressuscitou, Aleluia, Aleluia!


Entenda os dias da Semana Santa:

Domingo de Ramos: Dia em que Jesus foi recebido em Jerusalém como um rei e filho do Messias.

Quinta-feira: Dia em que são celebradas a Bênção dos Santos Óleos e a Memória da Última Ceia de Jesus com os apóstolos. É também dedicado ao lava-pés, gesto de humildade feito por Jesus com os doze apóstolos.

Sexta-feira: Celebra-se a Paixão e Morte de Jesus. É um dia marcado pelo jejum e pela oração.

Sábado: O silêncio deve se imperar neste dia. A liturgia é composta pela bênção do fogo novo e do círio pascal, pela proclamação da Páscoa, pela liturgia da Palavra, pela renovação das promessas do batismo e pela liturgia Eucarística. 

Domingo de Páscoa: Significa passagem. É o dia que se comemora a ressurreição de Jesus.