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Acontece nesta quinta-feira (21), às 14h, em frente à Câmara Municipal e à Prefeitura, mais um protesto encabeçado pelo Movimento Passe Livre Salvador (MPL) contra a licitação do transporte público e em repúdio à privatização da Estação da Lapa.
A manifestação, marcada com o objetivo de protocolar o pedido oficial de cancelamento da licitação e da privatização, é uma articulação entre o MPL, associações de ambulantes e rodoviários soteropolitanos.
Segundo os participantes da ação, caso a concessão de exploração da estação seja entregue a uma empresa privada, 150 vendedores ambulantes autônomos serão removidos da Lapa.
Os integrantes do Passe Livre afirmam que as movimentações do coletivo presam também pelas outras classes afetadas por decisões oligárquicas da atual gestão municipal, como as baianas de acarajé, proibidas de trabalhar na areia das praias. “É um ato contra a privatização e aburguesamento da cidade, pode-se dizer”.
Para os militantes, o objetivo da licitação do transporte público soteropolitano não é resolver os problemas do serviço, mas perpetuar o péssimo modelo oferecido e aumentar cada vez mais o lucro dos empresários. “Em primeiro lugar, é preciso dizer que a licitação não resolverá o principal problema para a população: a tarifa não vai diminuir. Além disso, enquanto outras capitais do Brasil (São Paulo, Recife...) fazem um contrato com duração de 15 anos, a licitação de transporte de Salvador prevê um contrato de 30 anos. Isso significa eternizar o péssimo serviço oferecido por gerações e gerações de soteropolitanos”.
Além do cancelamento da licitação e do projeto de privatização, o Movimento passe Livre Salvador reivindica a convocação de um Fórum Municipal de Transporte e Mobilidade, com poder deliberativo, composto por representantes eleitos pelos movimentos populares, organizações sociais, sindicatos, universidades, Câmara Municipal, Ministério Público e demais setores interessados. O objetivo principal é a aprovação de um plano de transporte e mobilidade para a cidade, incluindo o edital para licitação das linhas de ônibus, e eleger um Conselho Municipal de Transporte deliberativo e de igual participação popular.
