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sábado, 26 de julho de 2008

O GOSTO PELO EMPATE

Anna Carolina Lima

Feijão com arroz é o prato que não falta na cozinha de todo brasileiro. Romeu e Julieta é a história de um jovem casal proibido de viver um amor por causa da rivalidade entre suas famílias. Batman e Hobby, dupla querida de personagens de uma série infantil dos anos 60. Já deu para observar que em todos esses exemplos um não vive sem o outro. Não se separa feijão de arroz, é impossível imaginar Romeu sem Julieta e Batman sem Hobby. E ao que parece, nos últimos dois jogos o Bahia não vive sem um empate. E quando se trata de Jóia da Princesa então, é ai que a combinação de números se repete. São os mesmos números que não me deixam mentir.


Caro leitor e torcedor, vamos transportar essa temida disciplina da maioria dos estudantes, que é a matemática, para o futebol desempenhado pelo Esporte Clube Bahia. Bem verdade que ela também vem sendo um calo no sapato da diretoria, comissão técnica, dos jogadores e torcedores, e não está formando uma boa dupla de ataque com o time, que agora ocupa a 10ª colocação na tabela de classificação da série B do Campeonato Brasileiro. Coincidência ou falta de sorte? Bom, acredito que seja má fase mesmo ou talvez incompetência dos jogadores em segurar o resultado até o fim das partidas. Isso também é consequência de os atletas só renderem no primeiro tempo, deixando os adversários fazerem do Jóia da Princesa a "casa da mãe Joana" na segunda etapa dos jogos.


Ontem, na partida contra o Bragantino, a equipe mais uma vez não conseguiu sair com a vitória de Feira de Santana. Aliás, é lá, desde que "perdeu" sua casa em Salvador por causa da tragédia na Fonte Nova, que o time manda. Mas ao que parece, não está sabendo fazer o dever de casa, empatando novamente e o que é mais vergonhoso e intrigável é que o tricolor abre o placar, mas deixa o adversário empatar o jogo. Foi assim contra o São Caetano (1x1) e também contra o Bragantino (2x2). Resultados que ameaçam a permanência do técnico Arturzinho no comando da equipe. A situação do treinador só vai ser resolvida na próxima terça-feira, após uma reunião com a diretoria.


Segundo o famoso ditado popular que diz que "alegria de pobre dura pouco", a alegria do Bahia em tirar a invencibilidade de um líder, como foi na partida contra o Corinthians, no Pacaembu, foi embora e desde então o time só tem sofrido com esses empates. Ah, como seria bom se vivêssemos só de vitórias e conquistas, mas a vida não é assim, ainda mais se tratando de futebol, onde nada é absoluto, tudo é imprevisível.


Numa sequência crescente e tão engraçada de números assim que persegue o Bahia desde o jogo contra o azulão paulista, está sendo difícil separar a matemática do futebol do Esquadrão de Aço. 1x1, 2x2, será que no próximo jogo contra o Brasiliense, no Estádio Boca do Jacaré, em Brasília, vamos ter o prazer de conferir um placar de 3x3? É, cuidado que é da capital federal que saem sanguessugas!!!! O Boca do Jacaré nos conta isso depois...

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