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terça-feira, 12 de maio de 2009

Stalingrado: fim da supremacia alemã

Anna Carolina Lima

Inglaterra, França e Rússia (Tríplice Entente), países vencedores da Primeira Guerra Mundial, estabeleceram duras medidas (através do Tratado de Versalhes) aos derrotados. A Alemanha, por sua vez, passava por uma grande crise econômica e, Adolf Hitler (líder nazista alemão), inconformado com as “penalidades” as quais seu país estava submetido, queria a todo o custo acabar com tais imposições do Tratado de Versalhes e com o domínio dos países vencedores da Primeira Guerra.

Para alcançar tais objetivos, tinha de usar a força, então recorreu ao forte autoritarismo, com todo o poder do nazismo. Itália e Japão aderiram ao sentimento de revolta e agressividade proposto pela Alemanha. O resultado foi a conquista de territórios como Etiópia, Albânia, Manchúria, China, Remânia, Áustria, Tchecoslováquia e Polônia por esses países. A Alemanha foi expandindo seu território e conquistando também Dinamarca, Holanda, Bélgica, Noruega e França.

Acredito que a principal causa da eclosão da Segunda Guerra Mundial tenha sido justamente essa: as intensas e intermináveis conquistas, por meio da força, de terras pelos alemães. E a Alemanha seguia vitoriosa em suas invasões. Mas eis que surgem Estados Unidos e União Soviética na jogada para “se divertirem” também um pouco e tirarem algum proveito da situação, se é que em se tratando de uma guerra mundial, acontecimento que vitimou milhões de pessoas, é concebível se falar de benefício para alguém. Analisando bem a existência em se ter vantagens após uma guerra, identifico que a única conseqüência “positiva” seja o avanço tecnológico e a descoberta de novas armas.

De fato, a União Soviética foi uma pedra no sapato da Alemanha. Integrando o grupo das Potências Aliadas (também formado pela Inglaterra, França e pelos Estados Unidos), os soviéticos bateram pela primeira vez os alemães na Batalha de Stalingrado (cenário do filme Círculo de Fogo).

O filme retrata a principal batalha da Segunda Guerra, travada entre Alemanha e União Soviética. Até então a Alemanha havia vencido todas as batalhas que participava, mas veio a União Soviética, com Stalingrado, e pôs um ponto final nisso. A invencibilidade alemã chagava ao fim. Aos poucos a indústria bélica germânica ia sendo afetada, com a destruição das redes de comunicação e das zonas de petróleo dos nazistas pelos países aliados.

E foi devido ao propósito de incentivar os soviéticos a darem o troco nos alemães que o protagonista do filme, Vassili Zaitsev, foi elevado à categoria de herói por Danilov, com a intenção de propaganda de guerra para o Exército Vermelho russo. A União Soviética precisava de alguém para levantar a auto-estima do povo russo e seguir com força para cima da Alemanha e derrubá-la. Mesmo com milhares de pessoas morrendo, a batalha em si deixa de ser o foco e as atenções acabam-se por voltar para a figura de Vassili. O feito atraiu a atenção dos nazistas, que enviaram um atirador especial para matá-lo. Danilov, que acabou se apaixonando pela mesma mulher que seu amigo Vassili, o deixa enfrentar sozinho o franco atirador alemão, o major Konig.

Enquanto Stalingrado está pegando fogo e milhares de pessoas estão morrendo, Vassili e Konig perseguem um ao outro (dá até para fazer alusão do acontecimento com o desenho animado Tom e Jerry, em que um quer eliminar o outro) numa verdadeira luta em favor de suas nações.
Mas, para a alegria dos soviéticos, Vassili não morre, a União Soviética vence a Alemanha e de quebra ele ainda consegue encontrar sua amada viva, a também combatente soviética, Tânia.

Stalingrado deixou cerca de 1,5 milhão de pessoas mortas.

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