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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quem sofre sempre é o mais fraco

Por Anna Carolina Lima
Infelizmente não tem para onde correr: quem sofre sempre é o mais fraco; ou seja; a população. É isso que estamos vendo com as crescentes greves dos sistemas de transporte público que afetam sete cidades brasileiras. Em Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal os metroviários decidiram pela greve no dia 14 de maio. Na manhã da última segunda (21) Porto Alegre aderiu às paralisações. A interrupção na frota de trens da capital do Rio Grande do Sul afeta cerca de 180 mil pessoas. Em São Luis, 100% da frota rodoviária está paralisada. Já em São Paulo, os metroviários começaram e encerraram a greve na quarta-feira (23). Dia também em que Salvador amanheceu sem ônibus.

E as causas são sempre as mesmas: funcionários descontentes com salários apelam para a parcial ou total paralisação dos serviços, já que os grandes patrões e donos do capital não entram em acordo com a categoria para resolver tais problemas antes que estes prejudiquem o povo, o mais fraco nessa situação. E é justamente quem sofre mais no final das contas.

Sofre porque não dispõe do meio de transporte para ir ao trabalho, à escola ou cumprir diversos compromissos. Quem tem carro consegue dar conta do que tem para fazer, mas quem não tem, é “convidado” a se virar nos trinta, pedindo carona, pegando transporte clandestino ou até mesmo ficando em casa. Greve de transporte público influencia diretamente a vida de uma população. Se eles param, quase tudo para na cidade. 

O povo sofre porque os empresários não querem sair perdendo, e, para atender aos pedidos de motoristas e cobradores (porque caso não atendam, eles não retornam ao serviço) acabam anunciando aumento no valor da passagem. É esse o resultado! Preparem-se!

No caso específico de Salvador, os rodoviários não conseguiram entrar em acordo com os empresários do setor e decidiram, depois de assembleia, pela greve, que ainda vai seguir por tempo indeterminado, já que no julgamento desta sexta-feira (25) nada mudou. Cada soteropolitano continua se virando como pode.

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