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terça-feira, 12 de março de 2013

Escolas são os locais com maior número de casos de bullying


Como diferenciar simples brincadeiras de agressões rotineiras sejam elas morais ou físicas? Quando é que um comportamento comum entre a garotada se transforma em uma arma contra o psicológico? Início do ano letivo, retorno da rotina nas escolas e mais uma vez vem o alerta com um assunto que preocupa especialistas: o bullying.

Com o objetivo de trabalhar esse assunto com alunos e professores o Vitória Régia- Centro Educacional vai promover na próxima semana uma série de palestras sobre o assunto. O evento vai ser realizado de segunda a sexta-feira, na escola, e terá como palestrante o professor, historiador e escritor, William da Silva Matos, especialista em Bullying.

O escritor baiano é autor do livro Conhecer para Combater, Identificar para Prevenir- Bullying e Cyberbullying, lançado ano passado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Por meio da obra, o autor traz uma série de informações para os estudantes, pais, educadores e a sociedade em geral, de maneira simples. Com esta ação a escola pretende promover entre os alunos a cultura de paz e, com isso, prevenir a violência.

O bullying é um problema mundial, que pode ocorrer em praticamente qualquer contexto, em casa, no clube, entre familiares, amigos. Mas segundo pesquisas, é na escola onde é registrado um maior número ocorrências. Um motivo de alerta para os educadores. Uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares de todo o país, revelou que os alunos de 6º e 7º anos são os mais atingidos pelas humilhações do bullying. Desses, 17% estão envolvidos de alguma forma sendo os agressores, (ou) agredidos, ou os dois. Salvador não está entre as capitais do país com maior número de casos, mas os índices são altos. De acordo com o IBGE (2010) 27,2% das crianças já sofreram algum tipo de bullying.

Outro problema é que a disseminação dessas ofensas tem ganhado novas proporções com as tecnologias cada vez mais presentes na vida das crianças e adolescentes, é o chamado cyberbullying. E-mails, aplicativos de celular e as redes sociais tornam a situação ainda mais grave e abrangente. E o início de tudo isso pode ser bloqueado com ações educativas entre os estudantes além da preparação de educadores e profissionais de escolas para identificar situações e lidar com elas.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o (a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência física ou a perda dos meios de subsistência.

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